Emoções negativas: Como parar com o seu comportamento autodestrutivo

Emoções negativas: Como parar com o seu comportamento autodestrutivo

Por vezes podemos ser o nosso maior inimigo. Um inimigo silencioso que se vai infiltrando de forma dissimulada, um inimigo que veste a sua pele, que se confunde consigo mesmo, que faz parte de si, que se comporta como você. Sim, você mesmo. Nem sempre os comportamentos autodestrutivos se iniciam de forma consciente, como se você tivesse intenção de se prejudicar. Na grande maioria das vezes os maus hábitos vão-se instituindo na calada, na sombra, no refúgio, através de um mecanismo de defesa e de fuga ao mal-estar, à mágoa, à angústia, à ansiedade, à vergonha. Os comportamentos autodestrutivos podem até ser iniciados para recuperar a autoestima, ou para esquecer e aliviar a dor emocional. Há muitas maneiras de abusarmos de nós próprios. Beber em  excesso, comer demais, fazer compras compulsivamente, ser viciado nos jogos de sorte/azar, entre outros. Qualquer atividade compulsiva que se possa ter por iniciativa própria e que prejudique de forma significativa a vida de uma pessoa, pode ser considerado de comportamento autodestrutivo.

mudança

INIMIGO DE SI MESMO

Algumas pessoas percebem que a sua vida está a desmoronar-se, que está a afundar-de de dia para dia, e com isso vêem a sua felicidade a ser afetatada negativamente. Muitas são as pessoas que constantemente prometem a si mesmo iniciar uma mudança de vida, mas rapidamente percebem que enfrentam um inimigo terrível, manipulador e sabotador. Esse inimigo é a própria pessoa. Essa autosabotagem manifesta-se na incapacidade de gerir e controlar os comportamentos. Por sua vez, os comportamentos assertivos são difíceis de implementar devido à incapacidade de orientar os pensamentos para o objetivo traçado. Essa dificuldade de orientação dos pensamentos é aumentada pelo incómodo das sensações desagradáveis sentidas no corpo, usualmente conhecido como ansiedade. O ciclo vicioso de comportamentos autodestrutivos é alimentado por um processo que ganha vida própria e que se sobrepõe à vontade consciente da pessoa.

As pessoas que recorrentemente têm comportamentos autodestrutivos e que também recorrentemente se comprometem em fazer algo para melhorar mas não conseguem ser bem sucedidas, a grande maioria fica suscetível a cair em depressão. Esta espiral negativa alimenta-se da dor, do fracasso, da perda, da angústia, da deceção e de todo um conjunto de sentimentos negativos que vão sugando a capacidade da pessoa comprometer-se a parar com os seus comportamentos autodestrutivos.

Em seguida apresento alguns fatores chave para parar com o comportamento autodestrutivo e mudar a sua vida para melhor:

ATITUDE ASSERTIVA PARA A MUDANÇA

Quando os maus hábitos ficam enraizados e a pessoa toma consciência que os seus comportamentos a estão conduzindo ao abismo, fica propensa a desenvolver um sentimento de culpa, e a revoltar-se contra si mesmo, fortalecendo as razões para continuar a comportar-se de forma autodestrutiva. Esses sentimentos negativos acerca da própria pessoa geram gatilhos subconscientes que promovem o ciclo de negatividade.

É importante agir de forma realista e ao mesmo tempo assertiva. A pessoa deve fazer um ponto de viragem relativamente à sua atitude, assumindo o seu passado castrador. A pessoa deve esforçar-se para utilizar a autocompaixão. Olhar para si mesmo como ser humano que é, suscetível ao erro e ao desvio comportamental. No entanto, no exato momento que percebe que alguns dos seus hábitos a prejudicam, deve aceitar-se até esse momento. Para que isso possa ser feito de forma responsável, deverá refletir nas circunstâncias que podem ter contribuído para chegar à situação que se encontra e igualmente nas carateristicas que possuí que possam ter promovido os maus hábitos. O passo seguinte é aceitar o prejuízo, ou seja, aceitar a si mesmo sem punições. Para isso deverá fazer as pazes consigo mesmo, enquadrando as razões que a levaram a seguir o caminho que conduziu aos comportamentos autodestrutivos.

Aceite-se a si mesmo tal como é. A vida é dura e nós não nascemos com um manual de instruções sobre como conduzir a vida. Em vez disso, temos de aprender a viver assertivamente como o passar do tempo. Não há maneira de evitar cometer alguns erros ao longo do caminho. Às vezes, esses erros entranham-se no nosso ser e tornam-se uma parte de nós. Acontece.

O antídoto para a autodestruição é o amor próprio e a autoaceitação. Parece não fazer muito sentido, não é? A maioria das pessoas não percebem isso, e tentam combater o autoabuso, direcionando o seu ímpeto para mais comportamentos  de autorejeição. Não. Você não pode construir uma vida melhor para si mesmo baseado na negatividade.

ASSUMA A RESPONSABILIDADE DAS SUAS AÇÕES

Reconheça que os seus hábitos autodestrutivos são o resultado das suas decisões e ações no passado. Saiba que você pode criar novos hábitos capacitadores da mesma maneira e tomar uma decisão consciente. Desta forma, você vai deixar de ser uma vítima indefesa e tornar-se um líder de si mesmo. Quando você parar de se sentir impotente, e começar a tomar conta da sua vida, você não precisa mais de recorrer a um comportamento destrutivo. Sim, você pode mudar a sua atitude com base no seu próprio poder para regular e orientar os seus próprios comportamentos. No final tudo depende da sua decisão. Obviamente que pode não ser uma tarefa fácil assumir a sua vida nas suas próprias mãos. Sobretudo porque esta ideia pode tomar duas vias:

  1. Você pode assumir que a responsabilidade de mudar é sua, e ao não conseguir ser tenaz o suficiente, pode fracassar, o que pode vir a piorar a situação
  2. Você pode assumir que a responsabilidade de mudar é sua, e sentir uma enorme esperança e confiança para levar a cabo ações que o encaminhem para os seus resultados desejados

A decisão está do seu lado. Decida de forma a que saia beneficiado.

PROCURE SUPORTE E INFORMAÇÃO

Mesmo que você decida impulsionar-se para a frente e tenha uma atitude positiva, apenas isso pode não ser suficiente para ser bem sucedido. Tentar mudar os maus hábitos apenas pela sua força de vontade é uma estratégia redutora. É importante que você aprenda sobre os seus problemas, as suas causas e as formas de resolvê-los. Felizmente, na atualidade obter conhecimento não é um problema. A Internet está cheia de conselhos detalhados escritos por pessoas que conseguiram o que você está se esforçando para alcançar.

 

 

LIDAR COM AS CAUSAS DOS SEUS MAUS HÁBITOS

Como afirmei anteriormente,  o comportamento autodestrutivo é geralmente uma forma de fuga. Observe a sua vida, do que você está fugindo? Quais são os problemas que você não consegue lidar? O que lhe provoca mal-estar? Do que você tem medo? Talvez você esteja numa relação doentia e não sabe o que fazer para mudar, ou você sabe, mas o seu parceiro não está cooperando com você. Talvez você não esteja a conseguir lidar com todas as exigências da sua vida. Talvez você tenha sido magoado tantas vezes que ficou “preso” no modo de sobrevivência.

Estes são apenas alguns exemplos. O que quer que as raízes do seu comportamento autodestrutivo possam ser, identificar e lidar com elas é a forma assertiva para recuperar dos seus maus hábitos e impulsionar a sua vida para a frente. Tente falar sobre isso com os seus amigos de confiança. No caso de você não ser capaz de estruturar uma estratégia ou um caminho para a sua recuperação, não hesite em consultar um profissional. Não é vergonhoso querer melhorar a sua situação. Certamente reconhece valor à sua vida e a si mesmo, não seja orgulhoso demais para procurar ajuda.

 

 

 

NÃO SE SINTA INCAPAZ

Não diga a si mesmo que você não consegue diminuir nas coisas que você está tentando evitar (TV, cigarros, comer junk food). Isso só vai fazer com que você se sinta incapaz, que por sua vez vai promover os maus hábitos numa tentativa de compensação de uma baixa autoestima. Em vez disso, pense sobre o impacto negativo que essas coisas tinham na sua vida no passado e diga para si mesmo:

“Eu posso ter comportamentos autodestrutivos, mas eu escolho não ter”.

Esta é uma afirmação muito eficaz, que pode ajudá-lo a resistir à tentação em muitas ocasiões de fraqueza. Mesmo que você possa sentir algum incómodo físico (ansiedade) não interprete isso como catastrófico. Tente encontrar comportamentos alternativos mas saudáveis em que possa ter um retorno positivo.

SUBSTITUA OS MAUS HÁBITOS POR HÁBITOS SAUDÁVEIS

Algumas pessoas caiem na asneira de compensarem a paragem de um mau hábito implementado um outro que também é prejudicial. Algumas pessoas que deixaram de fumar, como forma de compensação passaram a comer em excesso. Certamente esta não é uma substituição benéfica. Algumas pessoas têm comportamentos autodestrutivos como uma maneira de “lidar” com as dificuldades na sua vida, o que piora os problemas que a pessoa já enfrentava. Se você se livrou de um mau hábito apenas para substituí-lo por outro, você não fez nada. Em vez disso, trabalhe afincadamente para substituir os seus hábitos destrutivos por hábitos construtivos. Mantenha-se firme  nos recuos e apoie-se a si mesmo nas dificuldades. Mudar um mau hábito com sucesso está fortemente relacionando com a sua intenção consciente de criar o hábito de ser persistente, combativo e assertivo nas suas escolhas.

 

 

 

 

 

 

COMPLEMENTO

 

 

 

Capacite-se e lidere-se para mudar os maus hábitos

 

 

 

Quando ouvimos falar de capacitação ou liderança, a nossa mente imagina alguém muito competente a dar indicações aos outros para obtenção de resultados satisfatórios. Mas no que diz respeito aos nossos hábitos, às particularidades que vamos adquirindo que nos dificultam a adaptação à mudança, a alguns comportamentos indesejados que temos, como vícios, formas de pensar indadequadas, imaginar capacitar-nos e liderar-nos para alcançar o que pretendemos por vezes pode parecer pura ficção científica. Na verdade, todos nós estamos equipados com a capacidade de liderança. Um cérebro capaz de processar milhões de dados, memorizar, categorizar, refletir, planejar, aprender, evoluir, atualizar-se e acima de tudo ter consciência do que é, produz uma mente que permite sermos lideres de nós mesmos.

A forma como nos programamos, como rescrevemos novos dados, como apagamos outros, como atualizamos a informação, como redesenhamos formas antigas de lidar com as situações, como nos projetamos no futuro, como simulamos ações e atitudes permite-nos percebermos que essa capacidade extraordinária vive em nós. Acompanha-nos para todo o lado. Mas, é preciso fazermos um tremendo exercício de desapego de nós mesmos, daquilo que nos constitui enquanto indivíduos para que consigamos olhar para as nossa partes constituintes, tomar consciência delas e utilizá-las como ferramentas úteis. Essa tecnologia de ponta necessita apenas da nossa consciência, conhecimento de como utilizá-las e depois uma voz de comando, um processo executivo que aciona, atualiza e informa essas ferramentas mentais com novos dados. Você mesmo!

fumar

VOCÊ PRECISA DE SUPERAR UM MAU HÁBITO?

Para mudar um mau hábito, um passo precisa acontecer. Você tem de ganhar consciência que tem esse mau hábito e depois pretender mudá-lo ou eliminá-lo. Mas, muitas das vezes e para a grande maioria de nós esses maus hábitos são resistentes, têm vida própria, e apesar de muitos esforços nossos somos vencidos pela sua tremenda força, vivenciando o fracasso. Isto pode tornar-se muito angustiante e terrível na nossa vida. Talvez, você também se debata com este cenário, ou já tenha no passado tentado ultrapassar o tormento de substituir ou eliminar um mau hábito.

Os maus hábitos, como pensar recorrentemente de forma negativa, fumar em excesso, mentalidade de vítima, comer em excesso, criticar-se negativamente, consumo excessivo de álcool, comportamentos desajustados, sendentarismo, excesso de preocupação, entre outros, podem impedir-nos de viver uma vida melhor. Se você já tentou de diversas formas eliminar ou substituir algum mau hábito, e ainda não conseguiu, em seguida irei apresentar algumas formas baseadas na capacidade que você possuí para liderar-se (a sua mente) e que podem comprovar-se como eficazes, quando devidamente aplicadas.

Caso pretenda adquirir mais informação complementar no sentido de ficar melhor equipado para superar os seus maus hábitos,

TENTE ALGO NOVO

“Insanidade: Fazer a mesma coisa uma e outra vez e esperar resultados diferentes.” - Albert Einstein

Muitas vezes chapinhamos nas mesmas atitudes, comportamentos, pensamentos e estratégias que se comprovam como ineficazes na obtenção dos resultados desejados. Tentar mudar um hábito enraizado, por vezes é altamente frustrante. Usualmente experimentamos o fracasso uma e outra vez. Digamos que você quer fazer uma das seguintes opções:

  • Parar de comer de forma excessiva
  • Parar de fumar
  • Pare de fazer gastos excessivos
  • Parar de ter comportamentos indesejados
  • Parar o diálogo autocrítico negativo

A maioria das pessoas parecem tentar as mesmas técnicas antigas, uma e outra vez para quebrar essas compulsões, obsessões, vícios ou hábitos destrutivos. Infelizmente, muitos de nós não conseguimos produzir resultados duradouros.

Aqui estão algumas das formas típicas e ineficazes para mudar ou eliminar maus hábitos:

  • Propor-se à mudança, sem preparação e conhecimento de como fazê-lo
  • Usar um lembrete para lembrá-lo de periodicamente verificar o seu comportamento
  • Confiar apenas  na sua força de vontade
  • Pedir a alguém para responsabilizá-lo
  • Criar uma uma lista das consequências do seu mau hábito

Provavelmente você já usou algumas destas técnicas ou estratégias, mas provavelmente teimam em não funcionar. Este tipo de sentimento de fracasso e sentimento de culpa produzem uma ideia de incapacidade face aos esforços a que se propôs. Vai construindo uma ideia que independentemente do que faça, o hábito que pretende superar é mais forte do que você. Com esta ideia em mente, o próximo passo é a desistência de se propor a novas tentativas. A sua ansiedade vai crescendo e com isso o seu problema aumenta. A incapacidade de gerir ou diminuir a ansiedade na presença do mau hábito vinca ainda mais a noção de incapacidade de superação. O que lhe proponho desta vez é uma nova tentativa com uma nova estratégia e abordagem, utilizando a sua capacidade de autoregulação para mudar os seus maus hábitos.

NOVAS FORMAS DE SUPERAR VELHOS HÁBITOS

Tentar uma e outra vez, mesmo que com mais determinação e noção da dificuldade, pode não ser suficiente. Você simplesmente não pode continuar a repetir as velhas formas de quebrar os seus maus hábitos. As estratégias utilizadas têm-se comprovados inúteis? Se sim, você precisa de algumas ideias novas para mudar os seus comportamentos.

VOCÊ NÃO É AQUILO QUE PENSA

Deixe de seguir tudo o que pensa. Ou seja, nem tudo o que pensamos representa aquilo que somos, a nossa vontade ou querer. Nem tudo o que pensamos é útil como orientador das nossas ações. Alguns pensamentos invadem a nossa mente sem qualquer intervenção ou decisão intencional. Se você se deixa enganar, não conseguindo distinguir que alguns dos seus pensamentos são “truques” do seu cérebro. São mensagens enganosas do seu cérebro no sentido de você voltar a fazer aquilo que sempre fez. O cérebro induz a que você continue a ter os mesmos comportamentos que supostamente no passado o fizeram sentir-se bem, mesmo que esse comportamento seja prejudicial para si. Se esse mau hábito libertou na sua corrente sanguínea algum tipo de químico que o fez sentir-se bem, aumentará a probabilidade de ter um novo impulso para repetir esse tipo de comportamento que o conduzirá ao reforço positivo que ficou registado no seu cérebro.

Ao tentar superar um mau hábito, a nossa mente pode criar pensamentos do género:

  • Eu não tenho escolha. Eu precisa disso.
  • Não há problema em fazer apenas desta vez. Eu posso lidar com isso.
  • Não há mal nisso. Eu mereço este alívio.
  • Não é possível parar. Não vou perder tempo tentando.
  • O meu hábito é mais forte do que eu.
  • Eu bem tento, mas não consigo deixar.
  • Já são muitos anos a fazer o mesmo.

Pela força do hábito o que passa a executar-se sem a necessidade da nossa consciência, passa a estar sobre a autoridade do nosso corpo. O nosso corpo passa a ser a nossa “mente” para alguns dos comportamentos automáticos, fortemente aprendidos ou aditivos. O Corpo envia estímulos de mal-estar para o seu cérebro, e este por sua vez  irá criar um determinado pensamento para racionalizar o seu mau comportamento. Em desespero, o seu cérebro fica extremamente criativo ao justificar a razão pela qual você deve cumprir com as suas exigências. Normalmente sentimos isso através de fortes sensações de necessidade ou de incontrolabilidade dos estímulos ou desejos.

 

 

“Eu não consigo deixar de fazer isto. Eu sei que me é prejudicial, mas eu não sou capaz”

Ao ganhar consciência que você não é os seus pensamentos, não é as suas más sensações, não é as suas necessidades urgentes, nem é os seus sentimentos, consegue fazer o exercício de colocar-se no comando de si mesmo. Ao desapegar-se das suas incapacidades, dos seus pensamentos e sentimentos negativos, você ganha vantagem sobre os seus maus hábitos.

A frase a utilizar é: Eu estou no comando das operações.

Ao perceber que você possui um conjunto de ferramentas que pode utilizar a seu favor, que dependem da sua intenção, capacidade de foco e decisão, grande parte da mudança de hábitos passa a ser uma escolha intencional e consciente.

compras excessivas

Por exemplo, quando você deteta uma mensagem enganosa do seu cérebro, pode dizer a si mesmo:

  • Eu não preciso comer mais . Eu já comi o suficiente.
  • Eu não preciso de um cigarro. Fumar está arruinando a minha saúde.
  • Eu não preciso de comprar isto. Não me vai fazer mais feliz.

Atenção, estas afirmações positivas e de orientação intencional não vão parar os estímulos de mal-estar que o seu cérebro e corpo irão continuar a enviar para você. Pelo contrário, a angústia irá disparar e aumentar. Mas se você perceber que o mal-estar provocado pela inibição do mau hábito, é apenas isso mesmo, mal-estar, e não a sua vontade e querer, você ficará no controle. Isso dar-lhe-á  a clareza necessária para você controlar-se e seguir em frente.

Quando a urgência da execução do mau hábito surgir, mantenha-se firme no seu querer. Diga a si mesmo que essa não é a sua vontade. Que o que está a acontecer é um conjunto de estímulos químicos que o seu cérebro está enviando para você no sentido de executar o mau hábito, para ter como retorno uma libertação no seu corpo de outros químicos que o irão fazer sentir-se bem. Pelo menos irão fazê-lo sentir-se aliviado, ainda que isso seja prejudicial para si e para a sua vida em geral.

 

APLIQUE A TECNOLOGIA DE PONTA DA SUA MENTE, ESTANDO NO CONTROLE

Ao perceber que os seus maus hábitos ganharam vida própria, que eles sobrepuseram-se à utilização deliberada daquilo que você mais quer para si, fica com a possibilidade de passar a não responder em piloto automático. Se atuar em tempo útil, se não seguir de forma automática os sinais de urgência enviados pelos seus maus hábitos enraizados, pode conseguir superar o que tanto deseja.

Liderarmo-nos é a capacidade que todos nós temos para deliberadamente seguirmos aquilo em que focamos a nossa atenção. É a capacidade de monitorizar o ambiente envolvente procurando formas que facilitem a obtenção dos resultados pretendidos. É a capacidade de regular os nossos estados internos (por exemplo acalmar a nós mesmos) para que possamos criar pensamentos positivos que nos sirvam. É a capacidade de percebermos que os nossos pensamentos são eventos mentais e não acontecimentos em si. É a capacidade de dizer não àquilo que sabemos que nos prejudica. É eliminar a ilusão acerca da ideia que existe algo em nós superior à capacidade de conscientemente construirmos pensamentos que facilitem a obtenção do que queremos realizar. Você possui autoliderança para regular-se a si mesmo em prol da sua melhoria de vida e do seu desenvolvimento pessoal.

Passos:

  1. Identifique os hábitos a mudar ou a superar
  2. Identifique as mensagens enganosas do seu cérebro (como exemplificado anteriormente)
  3. Tome consciência que você não é as suas incapacidades, pensamentos e sentimentos negativos, mal-estar e angústia
  4. Deliberadamente, verbalize afirmações de comando das ações que quer ou não quer fazer (como exemplificado anteriormente)
  5. Siga as suas próprias indicações, focalizando a sua atenção nos processos
  6. Prepare-se para o incómodo gerado pelo seu corpo ao inibir os maus hábitos
  7. Siga o que quer fazer, fazendo
  8. Implemente hábitos saudáveis de substituição