Estratégias para superar o medo irracional

Estratégias para superar o medo irracional

A maioria de nós provavelmente teme coisas que não deveríamos realmente temer, como uma consulta de rotina ao dentista, medo de fazer uma apresentação, medo de uma aranha, medo de uma determinada sensação corporal. Apesar de percebermos, racionalmente, que não devemos temer algo tão bobo, não conseguimos evitá-lo. Na maioria das vezes, esses pequenos medos não nos prejudicam muito, mas há momentos em que eles podem impedir-nos de fazer escolhas positivas, ou podem impedir-nos de viver no presente, como por exemplo, quando alguém monitoriza constantemente o seu corpo à procura de sensações desagradáveis que julga serem ameaças para a sua vida.

Quando o medo, não um medo real, é sobretudo criado por inseguranças, por experiências de insucesso, de perda, de vergonha, de autoestima diminuída, torna-se em algo difícil de lidar. Pode conduzir-nos à paralisação de algumas ações importantes e significativas para a nossa vida.

Exemplo de um comentário no artigo, Aproveite o medo para atingir os objetivos desejados: “Ainda sou medrosa, muitas vezes potencializo o medo. E tenho medo de avião, elevador, de falar em público, de expôr o que penso, de não ser aceite pelas pessoas. Tenho medo que algo aconteça com as pessoas que amo, se assisto um filme de ação fico tensa e tenho medo tambem de traição.”

Exemplo de um comentário no artigo, Como combater a fobia social?: “Sofro também de fobia social.Tenho medo de ficar em qualquer ambiente social, pois meu sentimento é de medo por estar sendo observada, e de fuga, às vezes tento enfrentar. Hoje mesmo eu ia ficar trancada o dia todo em casa no meu quarto, mas pensei, vou fazer um esforço e ir para um aniversário que fui convidada, mas foi muito difícil, sentir-me desconfortável, não conseguir me entrosar com ninguém por insegurança e sentimento de inferioridade que a própria doença faz o portador pensar que é incapaz, que é um fracasso total e que as pessoas vão te rejeitar, e eu fico apavorada no meio de todas as pessoas, principalmente se for alguém do sexo oposto ou que eu já tenha ficado.”

 6 PASSOS PARA SUPERAR O MEDO IRRACIONAL

1. Detetar e regular as suas respostas emocionais. A primeira chave para lidar com qualquer medo é aceitá-lo e admiti-lo (nem sempre é fácil se, por exemplo, você é adulto e tem medo de um minúsculo inseto). Também é fundamental aprender a reconhecer a sua resposta emocional ao medo, que se expressa fisicamente (Batimento acelerado do coração, os músculos tensos, palmas das mãos suadas, nó na garganta, entre outros). Às vezes, o medo, especialmente o medo irracional emerge em nós sem percebemos que estamos com medo de alguma coisa. Só ganhamos consciência do medo quando começamos a prestar atenção aos nossos próprios sinais. Quando prestamos atenção acerca de como nos estamos a sentir, e quando nos estamos sentido dessa forma, somos capazes de trabalhar com essas respostas emocionais ao invés de simplesmente reagir a elas. É, no exato momento que conseguimos detetar a nossa resposta emocional e percebemos que estamos a exagerar na resposta ou nas ações que tomamos, que podemos fazer algo para regular os sintomas desagradáveis associados ao medo.

2. Questionar os seus pensamentos negativos. A melhor maneira de lidar com uma resposta emocional de medo é questionar os pensamentos negativos. Sempre que começar a pensar de forma negativa na presença do seu medo, force-se a parar o seu pensamento. Sempre que inicie um pensamento que lhe retira capacidade, que iniba a ação, que à priori seja derrotista, desencorajador ou pejorativo acerca de si próprio, das coisas ou situações, faça paragem de pensamento, diga a si mesmo “Basta”, “Pára”, depois fique ciente de que é capaz de racionalizar o seu medo irracional. Considere que os pensamentos negativos que está a ter devem-se a uma reação obsessiva do seu cérebro e não propriamente à realidade.

A seguir, reenquadre o seu raciocínio focando-se em pensamentos positivos e construtivos, utilizando a técnica de “Zoom”. Visualize-se a resolver a questão ou como alguns dos seus amigos a resolveriam, foque a sua atenção nesse processo, tal qual uma máquina fotográfica a fazer zoom para capturar uma foto nítida. Tente ter na sua mente uma imagem clara daquilo que poderá funcionar para minimizar ou resolver a situação. Force-se a ter outro tipo de pensamentos, acreditando sempre que irá construir uma solução, “Apesar de ser difícil irei ser capaz”. Ao dar uma ordem direta a você mesmo, irá conseguir organizar-se de forma a construir uma estratégia que aumentará a sua confiança e capacidade de enfrentamento da coisa ou situação temida.

Para aprofundar o assunto, leia: Supere os seus pensamentos negativos e barreiras emocionais

Medo Irracional

3. Use os seus sentidos para ficar no momento presente. Enquanto você está antecipando as consequências do seu medo, ou monitorizando a possível ameaça, está perdendo o que está realmente acontecendo no presente, o que pode ver, cheirar, saborear, sentir e ouvir. Em vez de dirigir a sua atenção para o seu medo irracional ou para o que teme vir a acontecer-lhe, é melhor focar-se no que está acontecendo no momento, o que inclui todas as coisas que os seus sentidos lhe permitem experienciar. Ao invés de se preocupar com o que está por vir, redirecione a sua atenção para o que está aqui e agora. Mesmo que os seus sintomas de incómodo associados ao medo disparem, você pode direcionar a sua atenção para outras coisas, ou para aquilo que mais importa no momento presente. Esta técnica, permite que, mesmo sentindo medo, você faça o que tem a fazer. E, no exato momento que se propõe a fazer o que necessita de ser feito, aumenta a probabilidade do seu medo desaparecer.

   

4. Exponha-se gradualmente ao seu medo. Pode ser realmente difícil expor-se ao que você teme. Mas, o seu medo tem de ser superado se você quer melhorar a sua qualidade de vida. É fundamental começar gradualmente a enfrentar o seu medo. Para que isto seja possível, é aconselhável que construa a sua Escala Hierárquica do Medo.

Instruções: liste as situações que você teme / evita, do menos desconfortável para o mais desconfortável. Nível de desconforto (1 =  Desconforto baixo; 10 = Desconforto elevado).

Por exemplo, se tivermos alguém que tenha medo de comer fora de casa, na construção da sua escala hierárquica de situações temidas, a pessoa pode atribuir uma nota (indo de 1 a 1o) de ansiedade para cada situação invocada. Em seguida, os itens são ordenados segundo a intensidade crescente das situações.

  • 1 – Almoçar
  • 2 – Almoçar em casa com um velho amigo
  • 3 – Tomar o pequeno almoço num café conhecido, sábado de manhã
  • 4 – Tomar o pequeno almoço na cantina da universidade
  • 5 – jantar sozinho num restaurante conhecido
  • 6 – Jantar na cantina com os colegas
  • 7 – Jantar fora com os pais
  • 8 – Tomar o pequeno almoço fora com alguém do sexo oposto
  • 9 – Jantar fora com alguém do sexo oposto
  • 10 – Jantar em casa do parceiro, com a família dele presente

5. Lembre-se do que você já conquistou. Certamente, você já teve momentos da sua vida em que sentiu medo e conseguiu superá-lo. O que fez de diferente comparativamente com o momento atual? Provavelmente não se intimidou com as consequências do seu medo, ou conseguiu racionalizar os pensamentos negativos e, falar para si mesmo palavras de incentivo e de orientação das suas ações. Ou, simplemente não deu grande importância para o incómodo que sentiu. O problema maior não é sentir medo, é sim, deixar que o medo tome conta de você e, com isso, deixar de fazer coisas que gosta ou precisa fazer. O medo irracional é exatamente isso, irracional, e revendo na sua mente as situações que você já passou e superou, certamente vai sentir-se mais forte e preparado para enfrentar o seu medo.

6. Perante um período de medo, viva um dia de cada vez. Isto pode parecer um clichê, mas é especialmente eficaz quando se trata de lidar com o medo. Alguns tipos de medo estão associados a preocupação elevada com algo que possa vir a acontecer no futuro. Este tipo de cenário pode gerar elevada ansiedade, que coloca a pessoa em estado de alerta constante. É como se a pessoa vivesse  momento a momento um medo ilusório, que apenas existe na sua cabeça, construído por uma projeção mental no futuro. O truque para que possa reduzir a angústia da projeção do seu medo, é viver um dia de cada vez, enfrentado o medo um dia de cada vez. Ou seja,  é muito mais fácil superar um determinado medo, quando você diz a si mesmo, que só tem de fazê-lo por um curto período de tempo. Coloca assim em marcha as estratégias de redução ou superação do seu medo, para depois, dia a pós dia reproduzir o mesmo processo sempre que o medo se faça sentir. Ao fazer isto, comprova a você mesmo que não tem motivos para estar a projetar a sua preocupação exagerada no futuro, porque cada vez que sentir medo, sabe como reduzi-lo, superá-lo, ou até mesmo extingui-lo.

 

O SEU MEDO ALIMENTA-SE DO SEU PRÓPRIO MEDO

O medo pode tomar o controle das nossas mentes e fazer-nos acreditar  que o perigo é iminente, mesmo quando estamos perfeitamente seguros. Ele pode sobrecarregar as nossas emoções, até ao ponto que ficamos “cegos” e não vemos mais nada a não ser o cenário catastrófico gerado na nossa mente. O medo pode realmente atrapalhar imenso a sua vida, mas só se você permitir. Às vezes, temos mais controle sobre os nossos medos do que julgamos. Nós temos o poder de recuperar o controle sobre as nossas próprias mentes, dirigindo a nossa atenção para o que é racional e verdadeiro.

 

Se você não alimentar o seu medo através da criação de imagens catastróficas na sua mente, certamente o seu medo não pode ser crescer, e com isso, a tendência é para que desapareça. Aquilo em que nos focamos, expande-se. Quando você sente um determinado medo e o identifica como irracional e sem razão de ser, mantenha-se firme, não desespere. Claro que os sintomas sentidos no seu organismo podem ser desagradáveis, mas se não ficar alarmado com isso, e perceber que consegue suportar de forma funcional um determinado grau de incómodo, você cria em si mesmo um estado de recursos que lhe devolve o controle dos seus pensamentos. Nesse estado, dirija a atenção para um cenário capacitador, apaziguador ou em que se visualiza a ser bem sucedido nas ações que escolhe ter para resolver o seu problema. Nesse exato momento você deixa de alimentar o seu medo e, a tendência é que diminua.

 

Quem está no comando da sua mente?

 

Podemos facilmente concordar que a nossa mente é o pináculo daquilo que somos. A nossa mente é o resultado do fantástico funcionamento do nosso cérebro. Tudo o que somos, está incrustado nas milhares de dobras da nossa massa cinzenta. Um emaranhado de milhões de neurónios que nos permitem expressar inteligência, que nos permite entender grande parte daquilo que somos, como nos mudarmos, como nos desenvolvermos e, acima de tudo, como gerir de forma autosuficiente as nossas próprias vidas. É, no entanto, no desenrolar das nossas vidas que por vezes perdemos o controle das mesmas e, com isso, prejudicamos a nossa qualidade de vida, objetivos e sonhos.

Quando a nossa mente nos prega algumas partidas, quando a forma como pensamos e processamos a informação nos causa problemas, nos causa mal-estar, sofrimento e se apresenta como um obstáculo aos nossos objetivos, pode gerar-se a sensação que perdemos o controle. Quando a perceção de perda de controle se instala, tudo parece perder o sentido. Muitos de nós, quando sentimos que estamos a perder o controle sobre nós mesmos, ou seja, quando deixamos de estar no controle da nossa mente, tendemos a procurar formas de recuperar essa perda.

Alguns exemplos incluem:

  • Yoga
  • Artes marciais
  • Meditação
  • Psicoterapia
  • Religião
  • Práticas sexuais antigas
  • Arte
  • Esportes
  • Música
  • Tornar-se monge, padre
  • Retiros espirituais

Claramente, as coisas nesta lista não são todos iguais, e em si mesmas, muitas não foram necessariamente concebidas para ser uma prática pessoal. No entanto, todos elas têm a capacidade de conduzir as pessoas para um objetivo semelhante: a perceção de que uma pessoa não é simplesmente os seus pensamentos, na verdade, nós somos muito mais. E, é com base nesta premissa que posso afirmar que quem está no comando da nossa mente, podemos ser nós.

SOMOS MAIS QUE O NOSSO PENSAMENTO

Quando estamos acordados, quando estamos num estado em que conscientemente processamos informação vinda do exterior e igualmente vinda de nós mesmos, o cérebro faz o seu trabalho, produzindo pensamentos. Assim como um músculo se contrai para mover o sistema esquelético, o cérebro é como um computador que executa o software (pensamentos) com base no seu hardware (organismo), que é você. E, o resultado dos nossos pensamentos, do funcionamento do nosso software, nem sempre é benéfico. Ou seja, o produto dos nossos pensamentos nem sempre leva ao nosso resultado desejado.

Portanto, a afirmação de que você não é apenas o seu pensamento, é como dizer que você não é simplesmente o seu software, você é, na verdade, o programador. A parte complicada desta analogia é que, em vez de você ser apenas um programador humano usando palavras, imagens e sentimentos para falar consigo mesmo (corpo /organismo), você é igualmente um componente (construto) dos seus pensamentos, imagens e sentimentos. Um organismo construido pelo próprio organismo. Uma mente construida pela própria mente. Então, se estamos a falar de software que pode gerenciar outros softwares, estamos realmente falando sobre o próprio sistema operativo. O Sistema operativo é você mesmo. Você é aquele que está no controle da sua mente, quando tem consciência daquilo que coloca na sua mente de forma intencional e fundamentado nos seus valores nucleares.

Aprofundei este assunto no artigo: Tire o máximo de proveito da sua própria vida, alinhe os seus valores.

mente

Porque você tem que usar os seus pensamentos para pensar acerca dos seus pensamentos, e todo esse processo parece ser você mesmo, esta linha de raciocínio pode facilmente tornar-se banal, circular, e automática. No entanto, uma outra maneira mais funcional de pensar sobre isso é a seguinte:

A reter: Assim como um computador, também nós temos “cachos” de pensamentos. Alguns são mais profundas, e mais de acordo com a nossa essência e valores, e são como o sistema operativo de um computador, enquanto outros são simplesmente uma expressão de resposta a acontecimentos de vida, como programas que vão sendo instalados e são mais vulneráveis a virús.

Muitas vezes temos pensamentos que são reações à vida e aqueles que nos rodeiam. Isto pode ser visto como o software instalado no sistema operativo. O mais importante “a nossa forma de pensar” para a maioria de nós foi instalada durante a nossa infância, quando a nossa mente (“disco rígido”) tinha mais espaço e estávamos mais permissivos a novas aprendizagens. A maioria de nós fundimo-nos a esses pensamentos e conceitos e temo-los como verdades absolutas, ao invés de vê-los como vindos de dentro de nós e passíveis de mudança.

TEMOS CAPACIDADE DE PROGRAMARMO-NOS 

Algumas das práticas referidas anteriormente, têm servido como uma forma das pessoas ganharem consciência que cada um de nós possuí o seu próprio sistema operativo. Ou seja, a nossa mente, quando orientada de forma consciente e intencional por nós mesmos, permite-nos instalar e desinstalar, correr ou impedir que corra um conjunto de cachos de pensamentos (padrão mental) que temos ou queremos vir a ter.

   

Assim, grande parte da nossa experiência de vida é um resultado direto dos pensamentos que temos. Quando alguma coisa boa ou ruim acontece, temos pensamentos sobre isso, e esses pensamentos vão levar a sentimentos, bons, ruins ou indiferentes. Esses sentimentos podem fazer-nos agir, e essas ações vão ser boas, ruins ou indiferentes também. Uma vez que todas estas experiências de vida e ações têm origem na nossa mente, que por sua vez faz disparar determinados pensamentos, se pudessem ser alvo da nossa intervenção? Não temos que aceitar tudo o que nos aparece na mente, não temos de ser arrastados pela negatividade que por vezes os nossos pensamentos expressam? Certamente alguns padrões mentais que expressamos no nosso dia a dia prejudicam-nos, foram implementados ao longo do tempo, mas provavelmente não nos servem mais. Então o que pode ser feito, como podemos reprogramar parte dos pensamentos prejudicais em novos padrões mentais?

É aqui, que você entra em jogo através da prática pessoal de estratégias de orientação da atenção, autoverbalizações e regulação das emoções. É através do desenvolvimento e aprimoramento de falar para você mesmo, de aplicar uma voz de comando tendo na sua base os seus valores, os seus objetivos e a ideia de quem você quer ser, que poderá implementar novos padrões mentais. Estes padrões mentais permitirão desenvolver também a capacidade de você distingir entre pensamentos, sentimentos e ações por reação, dos seus pensamentos, sentimentos e ações que valoriza e pretende que o guiem no seu dia a dia.

Aprofundei este assunto no artigo: Capacite-se e lidere-se para mudar os maus hábitos

 

Exemplo prático das artes marciais:

As artes marciais, são uma arte de movimento. Aprender os movimentos cria a oportunidade para o desenvolvimento de pensamentos acerca do processo de aprendizagem. Um exemplo simples pode ser que você pense: “Isso é difícil, eu não posso fazer isso.” Mas se for paciente e determinado e continuar praticando, então você pode descobrir que realmente é capaz. Pode então ocorrer-lhe uma pergunta do género: “Porque tenho que pensar que não sou capaz de fazer isto, quando claramente posso?”

Traduzindo isto para a vida em geral, se você tiver um pensamento do género: “Eu não consigo fazer isto” Faça uma pergunta capacitadora em oposição: “Este é um pensamento necessário ou útil? Este tipo de procedimento acerca de analisar a validade dos seus próprios pensamentos, tendo como termo de comparação os seus valores, a forma como se vê a si mesmo e os seus objetivos de vida, é o início do processo para cultivar a capacidade de pensar acerca dos seus próprios pensamentos e, como isso, ficar mais perto de estar no comando da sua mente.

Aprofundei este assunto no artigo: Pratique a autodisciplina sendo mestre de você mesmo

GANHAR CONFIANÇA PARA LIDERAR-SE A SI MESMO

Quando você desenvolve a confiança através da prática de reorientar a sua atenção para os pensamentos que deseja, isso permite-lhe ganhar perícia, ficando apto a construir os pensamentos que quer e, este processo permite-lhe descartar os pensamentos que lhe chegam à mente, sempre que percebe que não lhe servem ou são prejudiciais. É uma experiência de controle sobre a capacidade de gerir os seus pensamentos e, consequentemente, ficar no comando da sua mente. Isto permite-lhe desenvolver a confiança necessária para se liderar, mesmo quando emergem pensamentos negativos.