Nóticias: Pesquisadores estudam quanto tempo demora para que dados desapareçam da rede. E buscam meios de restaurá-los

Nóticias: Pesquisadores estudam quanto tempo demora para que dados desapareçam da rede. E buscam meios de restaurá-los
Editora Globo
Profissão do futuro - arqueólogo da web // Crédito: Thinkstock

Civilizações antigas deixavam desenhos em paredes, escritos em papiros ou em couro, para preservar sua história e sua mensagem. Mas, hoje, usamos uma técnica diferente de registro: a internet. Mas será que ela é tão permanente quanto hieróglifos desenhados em paredes?

Pesquisadores da Old Dominion University, na Virgina (EUA), estão estudando o 'prazo de validade' das informações online - quanto tempo elas levam para desaparecer? E será possível restaurá-las?

Para responder a essas perguntas, eles começaram a analisar tuítes, posts de blogs e outros conteúdos relacionados com as manifestações do Egito ocorridas em 2011. Durante o processo, eles perceberam que 11% da informação desaparece completamente da web no primeiro ano de idade. O número aumenta para 27% após dois anos.

Os cientistas tentaram, então, recuperar essas informações perdidas. Muitos desses dados deixam rastros, mesmo após serem deletados, como retuítes e comentários. A partir disso, os arqueólogos digitais tentaram usar a ferramenta chamada Topsy, que permite recuperar tweets que se referem a um link deletado. Munidos dos cinco termos mais frequentes que aparecem nos tuítes, eles fazem uma busca no Google. O resultado é uma lista de recursos que serviriam de substitutos para o arquivo perdido.

É claro que a pergunta imediata é o quão próximo os arqueólogos da web chegam do material original com essa técnica. Para tirar a prova, eles usaram o processo com links existentes e compararam seus resultados com o material de origem. A similaridade textual é superior a 70% em 40% das vezes. Não é um resultado perfeito, mas, com o tempo, os cientistas esperam melhorar as taxas. O interessante é que, de forma similar aos arqueólogos convencionais, os arqueólogos da internet recuperam a história usando o contexto no qual os links perdidos se incluiram.

Via TechnologyReview