O império romano

O império romano

Roma até hoje é cercada por mistérios e acontecimentos a serem desvendados.

Vexillum, com a águia e o acrônimo do Estado romano de Império Romano

A história de Roma é dividida em três momentos:

  • Monárquico (753-509 a.C.);
  • Republicano (507-27 a.C.);
  • Imperial (27 a.C. – 476 d.C.).

De acordo com a mitologia romana, Roma foi fundada por volta do ano 753 a.C. pelos irmãos Rômulo e Remo. Oficializou-se o dia 21 de abril como data de fundação. Os gêmeos teriam sido jogados no rio Tibre, e resgatados por uma loba, que os amamentou.

 

Um casal de pastores fora responsável pela criação dos dois que, quando adultos, decidiram por construir uma nova cidade no onde haviam nascido, lugar conhecido como Alba Longa. Rômulo, que tinha os deuses a seu favor, traçou o local onde seriam feitas as primeiras obras da cidade. Remo, inconformado, acabou assassinado pelo irmão, que tornou-se, assim, o primeiro monarca de Roma.

As explicações históricas para a fundação da cidade indicam que esta aconteceu a partir da mistura de dois povos: os itálicos – latinos e sabinos, primeiros habitantes do local -, e os etruscos, que chegaram posteriormente e exerceram uma enorme influência naquela sociedade.

 

O Reino de Roma durou do ano 753 a.C até 509 a.C. Foi a primeira forma de governo da cidade. Foram sete reis ao longo do período monárquico, e a cada um deles é atribuída uma inovação para a formação das instituições romanas.

A cidade cresceu localizada na margem esquerda do rio Tibre e com fácil acesso ao mar Tirreno. As colinas Albanas formavam uma espécie de defesa natural da região, o que a protegia de ameaças externas. A proximidade com o Tibre, entretanto, foi o principal trunfo romano, pois desempenhou um papel fundamental para o desenvolvimento econômico. 

 

Com o fim da monarquia, estabeleceu-se a República Romana, em 509 a.C. Neste período, Roma ultrapassou o posto de apenas uma cidade a partir de uma expansão territorial que conquistou a Península Itálica e a orla do Mar Mediterrâneo.  


 

 

Roma se transformou em uma enorme potência. No entanto, um longo período – 134 a.C a 44 a.C. - de instabilidade política e social acarretou o fim da República e resultou no começo do chamado Império Romano.

História de Roma
HISTÓRIA DE ROMA: Impressionante mapa em perspectiva de 1641 mostrando a cidade. De Matthus Merian

 

As guerras civis acabaram enfraquecendo a república e abriram espaço para o surgimento de personagens como o famoso imperador Julio César, indicado como ditador perpétuo em 44 a.C. A expansão territorial que já alcançara grandes dimensões no período republicano, atingiu sua maior expressão durante o Império: ao todo 6,5 km da superfície terrestre pertenciam a Roma. A população também teve um crescimento impressionante com o passar dos anos, com o auge demográfico estimado entre 70 e 100 milhões de pessoas. Foi a mais populosa unidade política ocidental existente até o século XIX. A influência romana, por conta disso, manifestou-se sobre o desenvolvimento de idiomas, hábitos, costumes, hábitos, religião, arquitetura, política nos territórios governados que, devido ao expansionismo, ultrapassavam as fronteiras européias.

história de Roma

Esta vasta extensão resultou na divisão do Império em áreas, com o objetivo de facilitar a proteção, o que, no entanto, não aconteceu. No ano de 476, o Império Romano do Ocidente findou quando Rômulo Augusto foi forçado a abdicar ao chefe militar germânico; e em 1543, mais de mil anos depois, o Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, acabou com a morte de Constantino XI e a Tomada de Constantinopla.

A crise econômica e os repetidos ataques dos povos germânicos vinham minando a civilização romana desde o século IV. Com o fim do poderio romano, uma nova organização social, política e econômica passou a predominar na Europa ocidental até o século XV: o sistema feudal.

história de Roma

Como pudemos ver, Roma é cercada por eventos de fundamental importância para a história mundial. A cidade “respira” os ares do passado, e muitos desses marcos arquitetônicos e culturais ainda compõem os cenários da capital italiana, o que fazem dela um roteiro turístico tão sonhado por viajantes de todo o mundo.

 

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Octaviano

 

Exército romano

A organização é algo essencial para a formação de um exército, e nesta questão os romanos revolucionaram. Dividiam seus homens em grupamentos menores e que se complementavam seguindo uma hierarquia, uma organização semelhante encontrada nos exércitos atuais. A menor unidade era a Decúria composta por 8 a 10 soldados, nos exércitos atuais seria semelhante a um GC (Grupo de Combate),  unindo  8 a 10 Decúria formava-se uma Centúria, conseqüentemente formada por 80 a 100 soldados, equivalente a uma Companhia do Exército Moderno,a Centúria  era comandada por um Centurião; duas Decúria formava um Manípulo, equivalente a um pequeno Batalhão, e por fim, 3 Manípulos formava uma Corte, equivalente a uma Brigada.

Alem das subdivisões o Exército romano era organizado por especialidades, a principal era a Infantaria, homens que lutavam a pé, no corpo a corpo, munidos de espadas, lanças e escudos, e desenvolveram técnicas de defesa usadas até hoje, a formação “tartaruga”, uma formação que os homens se organizavam em fileiras e colunas alinhadas; os das extremidades uniam seus escudos na frente do corpo, não deixando nenhuma brecha, os homens do interior uniam seus escudos sobre a cabeça, da mesma forma sem deixar brechas, essa formação protegia os soldados de ataques de flechas que vinham do alto, esta técnica ainda é muito utilizada em operações militares de distúrbios civis, em manifestações etc. Outra especialidade era a cavalaria que era composta principalmente por oficiais de alta patente, e havia ainda na reta-guarda da linha de batalha, a Artilharia composta por arqueiros e por catapultas e atacavam a distancia.

Os homens destinados ao exército eram preparados desde muito cedo. As crianças que nasciam canhotas tinham o braço esquerdo amarrado, até que se acostumasse a trabalhar com o braço direito, já que para o exército o canhoto não era bem vindo, e por questões obvias, já pensou uma formação tartaruga com um canhoto? Ficaria um enorme buraco, logo vulnerável.

 

Os Romanos tiveram um exército extremamente poderoso e muito temido, foi o primeiro a profissionalizar o soldado, ou seja, o militar não tinha que se preocupar em ter outro emprego, a sua profissão era ser soldado, ele recebia e sustentava sua família com que recebia do Exército, e esse foi um dos fatores primordiais para o sucesso do Exército Romano.

 

 

Júlio César

 

 

 

 

Organização política e social na república

Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.


Reprodução de uma sessão do Senado romano

À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.)

Durante esses dois séculos, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus.


Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo.

Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais.