Emoções negativas: Mentalidade de vítima

Emoções negativas: Mentalidade de vítima

A mentalidade de vítima é um modelo auto-destrutivo que contribui para um estilo de pensamento negativo, desculpabilizante e atitudes auto-derrotistas inconscientes. A mentalidade de vítima faz com que você pense que não pode e/ou não consegue fazer as mudanças na sua vida que deseja fazer por causa dos outros, por razões que não se podem definir convenientemente, e misteriosamente “colocam-no fora das coisas”. Você sente que a vida é injusta, que você tem justificações para não ser bem sucedido e que a sorte nunca lhe bate à porta, prejudicando-o nas várias áreas da sua vida.

 

 

Para alguns, a mentalidade de vítima faz com que se sintam que algum tipo de “intervenção divina” ocorre continuamente nas suas vidas contribuindo para um sentimento de fracasso, mesmo que eles estejam fazendo a coisa certa. Essas pessoas podem dizer coisas negativas como:

“Deus me odeia.” ou “Tudo está contra mim” ou “Só a mim me acontecem estas coisas terríveis” ou “Ninguém gosta de mim”.

Algumas pessoas podem ainda adotar uma perspectiva de negatividade sobre elas mesmas, atribuindo a responsabilidade dos seus fracassos, contratempos e dificuldades à ausência de algumas capacidades suas, ao seu passado ou à sua condição de vida menos abonada, mas ainda assim, pensando que isso não seja uma consequência directamente infligida por si.

Então, em suma, a pessoa vai construindo uma ideia que pode traduzir-se por:  “pobre de mim”, sempre colocando a culpa dos seus próprios problemas em alguma entidade exterior ou por vezes indirectamente em si mesma. Para a pessoa que vai desenvolvendo a mentalidade de vítima, desenvolve igualmente uma crença de que nada dá certo para si, e ainda assim raramente sente-se responsabilizada por isso. Este artigo irá ajudá-lo a descobrir se você tem uma mentalidade de vítima, quais são as causas, quais os seus efeitos e como superá-lo.

DESCUBRA SE VOCÊ TEM UMA MENTALIDADE DE VÍTIMA

Para descobrir se você está sofrendo de uma mentalidade de vítima, observe os seus hábitos e forma de raciocinar. Agora, pergunte a si mesmo se costuma encontrar respostas para as seguintes cinco perguntas, normalmente quando as as coisas dão errado para você. Existe apenas uma resposta correta para todas essas perguntas. E você provavelmente não está dando. A resposta correta é: “Eu devo assumir a responsabilidade por causar a maioria dos meus próprios problemas.”

Se estas cinco perguntas costumam passar na sua cabeça, e você nunca responsabiliza a pessoa no espelho, você, muito provavelmente sofre de mentalidade de vítima.

  • Porque é que as outras pessoas me fazem mal o tempo todo?
  • Como é  que alguém poderia dizer que isto é culpa minha?
  • Porque é que eu não tenho tempo?
  • Porque é que eu não tenho sorte?
  • Porque é que eu nunca consigo o que mereço?

O QUE CAUSA A MENTALIDADE DE VÍTIMA?

O problema (e consequente superação) que gira em torno da mentalidade de vítima prende-se com o facto de, muitas vezes estar enraizada numa situação real, ou quando se foi alvo de circunstâncias infelizes, ou existiu a intervenção de terceiros (outras pessoas). Mas  o que verdadeiramente contribui para a construção e consequente cristalização da mentalidade de vítima, deve-se essencialmente à forma como a pessoa interpreta e se comporta nos tempos seguintes. Quando a pessoa escolhe responder a todos os obstáculos, equívocos ou divergências que se cruzam no seu caminho de acordo com o contexto que lhe aconteceu no passado. Assim, pouco a pouco, acontecimento atrás de acontecimento, você vai forjando as raízes de um pensamento distorcido, enraizando a mentalidade de vítima.

Outras fontes que estão na raiz da mentalidade de vítima, incluem:

O pensamento negativo. Você vê tudo sem esperança e sempre espera o pior, e isto por sua vez, muitas vezes transforma-se numa auto-realização de profecias, em que você promove e ampara-se em comportamentos desajustados, pensamentos negativos e atitudes depreciativas e incapacitantes contra si mesmo. Se você se identifica com este padrão de vitimização, aconselho-o a ler quatro dos nossos artigos. Irão ajudá-lo a abandonar algumas formas de raciocínio destrutivo e a abandonar as formas de pensamento negativo, implementando alternativas mais adequadas de enfrentar os seus problemas e adversidades na vida:

 

Baixa auto-estima. Você deseja, naturalmente, obter tudo aquilo que “merece”. Mas provavelmente de uma forma muito subtil as suas emoções dizem-lhe o contrário, você sente que não merece essas coisas que deseja. Isso estará certamente enraizado em alguma coisa. Mas quando emerge em você um sentimento de culpa, não são os seus “pecados”, vulnerabilidades ou incapacidades que você odeia, mas sim o valor que dá ou tem de si mesmo. A sua auto-estima fica diminuída devido a um conflito interno que se traduz numa luta entre aquilo que você deseja e aquilo que julga nunca vir a conseguir ou a merecer. Se a sua mentalidade de vítima está a ser perpetuada por um sentimento de baixa auto-estima, e pretende melhorar esse aspecto, leia o nosso artigo: Como melhorar a auto-estima.

 

 

Comportamento de Co-dependência. Se no seu dia-a-dia, foi-se habituando a depender em demasia das outras pessoas para a resolução dos seus problemas ou para atingir os seus objetivos, muito provavelmente não desenvolveu determinadas competências que lhe permitem ter um grau de autonomia funcional para conduzir a sua vida. Você criou a necessidade de se apegar a outra pessoa, o que pode contribuir para “confirmar” os medos sobre você mesmo ou na sua vida.

COMO SUPERAR A MENTALIDADE DE VÍTIMA

Assuma a responsabilidade pela sua vida. Decida fazer algo para gerir melhor os seus sentimentos negativos, frustração ou raiva inadequada, ressentimentos e sentimentos de desamparo e desesperança. Apresento-lhe alguns dos nossos artigos que o podem ajudar a uma melhor clarificação, entendimento e implementação de uma forma mais adequada de pensar a vida.

 

 

Use toda a informação para “curar” algumas das feridas do passado e deixar de lado esses sentimentos destrutivos e ilusoriamente incapacitantes. Implemente essas técnicas e estratégias, serão certamente capazes de o ajudar a mudar a sua forma de raciocinar e aumentar o sentimento de autonomia na sua vida. Diga a si mesmo: “Eu pretendo abandonar a mentalidade de vítima e cabe-me a mim mudar isso”.

 

Treine a sua assertividade para começar a gerir a vida por si mesmo. Assim que aprenda a assumir e a procurar soluções para os seus próprios problemas, o seu raciocínio começará a tornar-se mais claro, resultando em mudanças positivas:  Irá começar a respeitar-se mais a si mesmo e os outros vão passar também a respeitá-lo e a considerá-lo mais capaz  de assumir responsabilidades. Para promoção do treino da sua assertividade.

 

Se você acha que é um co-dependente, comece por quebrar a dependência da sua família, amigos ou outras pessoas e aprender a estabelecer limites. Deixe de se considerar uma vítima e assuma a responsabilidade dos seus comportamentos e formas de pensar. As suas atitudes emanam de você e da forma de se comunicar consigo mesmo. Capacite-se, aprenda a arranjar as suas próprias formas de lidar com as situações de vida. Temos que parar de pensar que ter uma mentalidade de vítima é um problema sem vítimas. Não seja uma vítima de si mesmo!

 

CONFRONTANDO A MENTALIDADE DE VÍTIMA

Tal como tenho vindo a descrever, a mentalidade de vítima é aquela em que atribuímos a responsabilidade das coisas ruins que nos acontecem, aos outros ou às circunstâncias da vida, ou até mesmo à resignação de uma incapacidade nossa (que não tenha a ver com uma responsabilidade direta). Mais do que isso, pode ser uma expectativa de que as coisas vão dar errado, porque: “As coisas ruins sempre acontecem comigo”.

 

Quero reforçar a ideia de que a maneira mais eficaz para superar a mentalidade de vítima é começar a assumir a responsabilidade por cada ação e circunstância na sua vida.  Ao procurar todas as formas possíveis para assumir a responsabilidade pela sua vida (dentro dos limites do aceitável), você começará a ver que: embora por vezes não consiga ter controlo total sobre algumas circunstâncias de vida, pode sempre ter um determinado grau de controlo sobre a forma como reage às situações. Pode sempre ter algumas opções de escolha e decidir o que quer fazer para minimizar e/ou resolver o problema.

Quando abraçamos esta atitude positiva e construtiva, passamos a perceber que na vida temos sempre opção de escolha, ainda que nem sempre seja a que mais gostaríamos ou a necessária, existe sempre uma forma de encontrar a opção que melhor se encaixa perante as circunstâncias.

 

Parto do principio que você quer o melhor para a sua vida. Mas se você estiver fazendo sabotagem a si mesmo, por certo estará no caminho para a construção de uma mentalidade de vítima. A vida está continuamente a colocar-nos à prova, e com isso a ensinar-nos lições. Se você não aprender essas lições, em seguida, a vida vai continuar a repeti-las. Ao caminharmos na vida com uma mentalidade de vítima, muito provavelmente iremos recusar-nos a aprender, continuando a fazer as mesmas coisas e continuando a obter os mesmos resultados.

 

Se você continuar a dar desculpas para si mesmo em vez de procurar soluções, então a sua mentalidade de vítima irá crescendo.

 

Apresentei algumas estratégias que certamente o poderão ajudar a superar a mentalidade de vítima. Pratique algumas dessas estratégias e técnicas, continue tentando mesmo que nem tudo surta o efeito desejado. Encontre melhores maneiras de fazer as coisas. Instrua-se. Você pode transformar a mentalidade de vítima numa mentalidade virada para a solução. Só é preciso vontade de aprender e um pouco de disciplina para continuar tentando. Acredite, mudar é possível. E a possibilidade efetiva-se, tentando.

 

 

Três passos para ultrapassar as dificuldades pensando positivo

 

 

O poder do pensamento positivo. Esta é uma frase muito comum nos dias de hoje. Nós todos concordamos que o pensamento positivo é uma coisa boa. Especialmente quando estamos sentindo os efeitos do pensamento positivo. Quando você está se sentindo bem, é fácil pensar, “eu gosto de mim”. “A minha vida é boa”. “As coisas estão indo muito bem”. Mas o que dizer e fazer quando as coisas começam a piorar? Quando tudo corre mal no seu dia-a-dia, quando deixa de gostar do seu trabalho, quando se aborrece com o seu parceiro, quando fica desempregado. Quando bate como o carro, ou o seu médico lhe diz que os níveis de colesterol estão elevadíssimos e já ultrapassou o peso razoável?

Diferentes pessoas certamente reagirão de formas distintas. Umas irão ficar tristes, desmotivadas, desencorajadas, lastimosas, rancorosas, magoadas, desesperançadas, podendo estes sentimentos tornarem-se incapacitantes ao ponto de serem mais problemáticos que o próprio problema. Outras irão igualmente ficar tristes, preocupadas, lastimosas, rancorosas, magoadas, mas esperançadas em que conseguirão resolver os problemas e tão breve quanto possível, voltarem a sentir-se bem.

 

 

O que terá acontecido para que a mesma situação origina-se duas respostas diferentes?

Sem dúvida a atitude face ao acontecimento. A percepção que cada um teve relativamente à capacidade de aguentar sensações e sentimentos negativos. A percepção de capacidade de resolução de problemas aliada à capacidade de sentir sentimentos negativos e ainda assim conseguir manter um dialogo positivo no sentido de encontrar a melhor forma de resolver os contratempos da vida.

Então o que é que estas pessoas sabem que as outras desconhecem?

Aqui está o segredo que não é realmente um segredo. É revolucionário, é ciência emocionante ao serviço da excelência. O pensamento positivo altera as redes neuronais do seu cérebro. Não se trata de nada mágico, está relacionado apenas com alterações nas redes neuronais que estabelecem interconexões mais reforçadas, transformando-se em caminhos que perante determinado estímulo, são activadas, criando uma tendência de resposta. Para que algo no nosso cérebro possa ser alterado, temos de implementar novas formas de pensar, depois graças ao fenómeno apelidado no mundo cientifico como neuroplasticidade, a mudança torna-se possível. Esta mudança reestrutura algumas funções no nosso cérebro. A ideia foi introduzida pela primeira vez por William James em 1890, mas foi sonoramente rejeitada por cientistas que acreditavam que o cérebro era uniforme e rigidamente traçado, com certas partes responsáveis por determinadas funções. Pensava-se que se alguma parte do cérebro fosse afectada, jamais era recuperável. Aparentemente parece que estavam errados.

 

A Neuroplasticidade desfruta agora de uma aceitação generalizada, os cientistas estão provando que o cérebro é infinitamente adaptável e dinâmico. Ele tem o poder de mudar a sua própria estrutura, mesmo para aqueles com problemas neurológicos considerados graves. Pessoas com problemas como acidentes vasculares cerebrais, paralisia cerebral e doença mental podem treinar outras áreas do seu cérebro por meio de actividades mentais e físicas repetitivas. Isto é sem dúvida uma notícia extraordinária. Sabemos agora que o cérebro não é estático e que pela acção da vontade e do esforço continuo de querermos mudar algo e acreditar que é possível, traz esperança a todos nós, e assim caminharmos mais confiantes quer para a resolução de problemas graves, como os problemas neurológicos provocados por dano cerebral, quer para uma mudança a favor do nosso equilíbrio emocional.

Mas o que é que tudo isto tem a ver com o pensamento positivo, ou o que é que você tem a ganhar com este conhecimento?

Como o cérebro tem a capacidade de criar novas ligações assim como reestruturar as redes neuronais já existentes, se o estimular-mos é então possível beneficiar-mos da extraordinária capacidade de reforçar-mos novas aprendizagens e promovermos o nosso desenvolvimento adaptativo. Contribui para que possamos instituir hábitos a favor do nosso bem-estar.

Apresento algumas actividades que poderá praticar para disciplinar o seu cérebro em situações difíceis ou exigentes:

MEDO DE FALHAR OU FRACASSAR

Provavelmente todos nós já tivemos medo de fazer algo novo porque não queríamos falhar. Esta terrível sensação coloca-nos sempre numa situação de dúvida, incerteza e de incapacidade, levando-nos muitas vezes a não fazermos o que desejaríamos ou aquilo que seria melhor para nós. Mas na perspectiva de que o nosso cérebro é capaz de criar novas ligações desde que estimulado para esse objectivo, coloca-se-nos um mundo vasto de possibilidades e oportunidades. A verdade é que nós podemos e temos capacidade para fazer praticamente tudo se tomarmos a iniciativa, nos colocar-mos em acção, pararmos o pensamento negativo e destruidor, e acima de tudo mudar a nossa percepção da verdade sobre as nossas capacidades.

Passos para a acção: Force-se a parar o seu pensamento sempre que pensar em coisas sobre as quais não consegue fazer nada. Sempre que inicie um pensamento que lhe retira capacidade, que à priori seja derrotista, desencorajador ou pejorativo acerca de si próprio, das coisas ou situações, faça paragem de pensamento, diga a si mesmo “Basta”, “Pára”, depois foque-se na ideia de que é capaz de gerar pensamentos capacitadores, dirija o seu pensamento para as suas habilidades, forças e virtudes (seja corajoso, e gere pensamentos positivos), lembre-se pode escolher os pensamentos que melhor lhe sirvam para a solução de um problema. Tem essa capacidade, basta para isso escolhê-los. O slogan da Nike é para aqui muito válido, “Just do it”.

 

EXCESSO DE PENSAMENTOS / PREOCUPAÇÃO

Alguma vez já deu por si a pensar excessivamente de forma obsessiva sobre um problema, ou num estado de ansiedade e preocupação tal, que pode durar dias ou mesmo semanas? Isto pode tornar-se incapacitante ao ponto de lhe retirar energia, afectar-lhe o sono, o humor e mesmo a esperança na vida. Ao ponto de quanto mais se foca no problema, pior se sente e menos soluções parece encontrar. Lembre-se que o cérebro reforça as ligações neuronais daquilo que se repete, para o bom e para o mau. Ao entrar num processo exagerado e incapacitador de ruminação, está a treinar o seu cérebro para ser especialista em preocupar-se.

 

Passos para a acção: Se você inicia esse ciclo de preocupação e ruminação, lembre-se da técnica dos 3 “R” – Renomear, Reenquadrar e Redireccionar . Já aprendeu o que fazer quando se inicia um ciclo de pensamentos negativos e incapacitantes, usando uma afirmação de comando, “pára”, utilize esta técnica e depois deverá renomear a questão, lembrando-se que a preocupação não é real. Renomeie a questão considerando que os pensamentos negativos que está a ter devem-se a uma reacção obsessiva do seu cérebro e não propriamente à realidade. A seguir Reenquadre o seu raciocínio focando-se em pensamentos positivos e de distracção, utilizando uma técnica que apelidei de “Zoom”, visualize-se a resolver a questão ou como é que alguns dos seus amigos a resolveriam, foque-se nisso tal qual uma máquina a fazer zoom para capturar uma foto nítida. Tente ter uma imagem nítida daquilo que poderá funcionar para minimizar ou resolver a questão. Force-se a ter outro tipo de pensamentos, acreditando sempre que irá arranjar uma solução, “apesar de ser difícil irei ser capaz”, está assim a dar uma ordem directa e capacitadora ao seu cérebro (lembre-se que ele é “plástico”), ele irá arranjar outros caminhos que correspondam ao seu pedido. Por último Redireccione as suas acções. Faça algo que seja motivador que lhe melhore o ânimo, que o envolva, mas faça, mesmo que lhe pareça ser algo ínfimo, faça. No entanto deverá fazer isso acreditando que vale a pena iniciar essa acção para se sentir melhor, e assim passo a passo ir resolvendo a sua questão, agora mais capacitado.

HUMOR DIMINUÍDO E MEDOS

Às vezes, podemo-nos sentir fora de nós, mal humorados, como se fosse um dia de nevoeiro, vimos e sentimos apenas o lado cinzento das coisas e da vida, afortunadamente na grande maioria das vez isto é apenas temporário, permanecendo apenas algumas horas ou poucos dias. Alguns distúrbios do humor, como a depressão, ansiedade grave ou as fobias, podem ser debilitantes e implacáveis. Psicólogos e terapeutas têm utilizado tratamentos com base no conceito da neuroplasticidade para chegar à raiz desses distúrbios cognitivos e colocar a vida de quem os procura novamente funcional.

Passos para a acção: como já descrevi antes, o nosso cérebro consegue reescrever os circuitos neuronais, desde que forçado a tal. Usando a técnica “ Prova a ti mesmo” este exercício é feito em 3 passos que desafiam o pensamento de desesperança.

  • Fase 1: Faça uma lista dos pensamentos, de desesperança, tais como “o meu futuro será sombrio”, “nada do que faço corre bem”.
  • Fase 2: Deverá citar exemplos que suportem e provem os pensamentos depressivos
  • Fase 3: Deverá listar e explorar alternativas, pontos de vista e possibilidades. Para facilitar esta fase, deverá usar outra técnica que apelidei de “veredito em tribunal”. Passo a explicar este método muito simples. O que registou na fase 1 irá ser usado pelo seu “advogado” de acusação imaginado, na fase 2, tentando provar que existem efectivamente razões para estar com o humor diminuído e ter alguns medos. O que listou na fase 3 irá ser usado pelo “advogado” de defesa imaginado, que irá tentar argumentar que não existem motivos que justifiquem tal estado deprimido.
  • Fase 4: O “Juiz” imaginado, vai ter de chegar a um veredicto final. Neste exercício de apresentação de queixas e justificações, a sua mente poderá ter descoberto novas formas de pensar acerca do problema e situação que atravessa. Poderá assim ter um veredicto final a seu favor e contra o humor diminuído e medos.

Os cientistas estão agora a olhar para a neuroplasticidade de forma a que aborde uma ampla variedade de problemas cognitivos e distúrbios, incluindo:

  • Perda dos sentidos – visão, audição e equilíbrio
  • Distúrbios de Aprendizagem e problemas de leitura
  • Problemas de processamento auditivo
  • Autismo e hipersensibilidade
  • O envelhecimento cerebral e memória
  • Questões relacionadas com o amor e o sexo
  • AVC e recuperação de lesão cerebral
  • Paralisia cerebral
  • Dor crónica
  • Transtorno obsessivo compulsivo
  • Trauma psicológico
  • Depressão e ansiedade
  • Problemas cognitivos após cirurgia no cérebro